Veneza - Itália

segunda-feira, 2 de setembro de 2013


Veneza é uma cidade romântica e misteriosa. Suas pontes, gôndolas, ruelas e belezas escondidas fazem da cidade um lugar único no mundo. Veneza tem uma arquitetura fenomenal e possui inúmeros atrativos.
 

Há dois aeroportos na cidade, o Marco Polo, em Veneza, e o Aeroporto de Treviso, mais distante. Além do frequente serviço de ônibus que liga os aeroportos à Piazzale Roma, outra opção é o Aerobus, o ônibus que por 5 euros leva ao terminal de ônibus na mesma praça.

Em nosso quinto dia na Itália, pegamos um trem em Milão com destino à Veneza. A cidade tem duas estações, a Veneza Mestre, última do continente, que serve apenas pra quem vai se hospedar por lá e a Sta Lucia, que é a estação final, na qual descemos. Deixamos nossa bagagem num guarda-volume na própria estação. Não foi caro, cerca de 5 euros por volume, mas como era verão e a cidade estava lotada de turistas tivemos que enfrentar uma fila enorme. Precisamos reservar algum tempo também para a retirada das bagagens.

A cidade oferece diferentes tipos de transportes como o táxi aquático e o Vaporeto. Para ir da estação para a Piazza San Marco, decidimos pegar um Vaporeto, tipo de ônibus aquático. Um bilhete simples custa 6,50 euros (vale por 60 minutos numa mesma direção). Caso planeje fazer outras viagens de Vaporetto nas 24, 48 ou 72 horas seguintes, é mais vantajoso comprar um passe. Os bilhetes e passes devem ser validados em uma das máquinas nos pontos de embarque.

Fizemos a viagem na popa do Vaporeto de onde pudemos tirar fotos dos edifícios e palácios construídos ao longo de cinco séculos, nas margens do Grande Canal, o maior e mais importante canal da cidade. 



 
Descemos próximo à Piazza San Marco, principal e mais bela praça de Veneza. O lugar, que no passado foi um enorme centro de poder e porta de entrada marítima da cidade, hoje é considerado o coração de Veneza. A praça tem grandes dimensões e nela encontram-se as mais importantes atrações da cidade como a Basílica de San Marco, a Torre Del Orologio, o Campanário e o Palazzo dos Doges.


O centro histórico de Veneza ocupa uma área de aproximadamente 7,6 km e é formado por 117 ilhas recortadas por 150 canais. Com a finalidade de preservar a antiga estrutura da cidade, atualmente, é proibido construir novas edificações e pontes no centro.

A Basílicade San Marco é a igreja mais famosa da cidade e chama atenção por sua imponência e pela belíssima arquitetura. Em sua fachada, os mosaicos contam o transporte do corpo de São Marco até a Basílica. No seu interior, a magnífica cúpula, os mosaicos dos séculos XII e XIII e o piso em mármore e vidro merecem uma atenção especial. Veja também o Museu Marciano, onde ficam os cavalos em bronze (os que estão na parte externa da igreja são cópias) roubados de Constantinopla (atual Istambul) em 1204.

 As estátuas que coroam o arco central foram adicionadas no início do século XV.

O Campanário de San Marco tem 96,6m de altura e oferece a melhor vista da cidade. O atual campanário substituiu o que desmoronou em 1902.

A Torre Dell`Orologio construída no final do século XV, é uma das torres mais bonitas da Itália.  Na parte superior, fica o leão alado de São Marco rodeado de estrelas douradas e abaixo dele, a estátua de uma Madonna.

No magnífico relógio da torre, estão representadas as fases da lua e os símbolos do zodíaco. O relógio é feito de esmalte, mármore e ouro.


O Palazzo dos Doges, também chamado de Palazzo Ducale, foi fundado do século IX pra servir de residência dos governantes e sede do governo. Hoje, o lugar é uma obra-prima da arquitetura gótica. Um dos pontos altos da visita é o portão, chamado de Porta della Carta, principal entrada do palácio. Mas não deixe de ver também a escadaria coroadas pelas estátuas de Marte e Netuno e a Sala Del Maggior Consiglio, onde se reuniam os membros do Grande Conselho de Veneza.
 


No lado esquerdo da praça fica a Velha Procuradoria, construída no século XII, com 152 metros de comprimento e no lado direito a Nova Procuradoria, não tão nova assim, construída em 1582. Em seu interior funcionam o Museu do Risorgimento e o Museu Arqueológico.
  
Ainda na praça, o Museo Correr expõe obras-primas como a Pietà de Giovanni Belline além de grande acervo de arte veneziana. Lá, você também encontrará antigas esculturas e objetos da história da República de Veneza como mapas, moedas, armaduras e muitos outros relacionados aos doges.

Em frente à Piazza San Marco, fica o píer Molo San Marco.  Lá, encontramos várias barracas vendendo lembrancinhas como aventais, camisetas, chaveiros, ímãs e as famosas máscaras de Veneza, de diferentes tamanhos e preços. 


Caminhando para a esquerda, passamos pela Ponte della Paglia de onde tivemos uma boa vista da Ponte dos Suspiros.

Veneza tem 409 pontes, mas a mais famosa delas é a Ponte dos Suspiros, que fica perto da Piazza San Marco e liga o Palazzo dos Doges à antiga prisão. Conta a lenda que a ponte recebeu esse nome, pois os prisioneiros condenados à morte, entre eles Casanova, suspiravam ao atravessá-la e pensar que seria a última vez que veriam a luz do dia. Hoje, segundo a tradição, todo casal que passa debaixo da ponte em uma gôndola deve se beijar.

Outra ponte famosa é a Ponte di Rialto, inaugurada em 1591. Essa foi a primeira e, por muito tempo, a única a ligar os dois lados do canal. Hoje, a ponte e seu mercado são um dos pontos mais movimentados da cidade.

As gôndolas são um dos principais símbolos de Veneza e fazem parte da história da cidade desde o século XI, quando eram utilizadas como meio de transporte pela nobreza da cidade. É quase obrigatório fazer um passeio pelos canais de Veneza. Dissemos “quase obrigatório”, pois os preços são salgados. Um passeio de 40 minutos custa em torno de 100 euros e depois das 19h, o valor aumenta. Os gondoleiros cantam e contam histórias, mas isso é negociável, então, deixe claro o que você quer ou não. 

Sugerimos o passeio de gôndolas pelos pequenos canais, pois além de ser mais charmoso, elas não balançam tanto quanto no grande canal.  É possível chegar a qualquer ponto de Veneza utilizando as pequenas embarcações que cruzam toda a cidade através desses canais.
 
Como sempre ouvimos que para se conhecer Veneza, você tem que se perder em Veneza, optamos por voltar a pé para a estação de trem. Durante cerca de uma hora de caminhada, descobrimos os verdadeiros encantos da cidade. Escondidos em meio a um labirinto de vielas, por onde passam somente pedestres, vimos pequenas igrejas, casas, praças, becos, pontes e canais.




Descobrimos também diversas lojas especializadas em máscaras e fantasias para o famoso carnaval veneziano, além de barracas de frutas, sanduíches e lojas de doces. Adoramos!

Decidimos passar somente o dia em Veneza e no final da tarde continuar nossa viagem pelo país. Não nos arrependemos dessa decisão, já que aproveitamos bem as horas que passamos na cidade e, além disso, ouvimos dizer que a noite veneziana não tem muito a oferecer. Os moradores não costumam circular à noite, a maioria dos restaurantes fecha cedo e os poucos bares que ficam abertos até mais tarde não proporcionam uma vida noturna muita animada.

Se você ficar mais tempo na cidade, não deixe de conhecer também a Gallerie dell`Accademia, que abrange cinco séculos de arte, a igreja barroca de Santa Maria della Salute e o Ca`d`Oro, palácio construído em 1420 onde hoje fica uma galeria. 


Infelizmente, Veneza afundou quase 23 centímetros nos últimos cem anos. Hoje, é comum haver inundações na cidade. Quando a maré sobe mais de 80 cm, lugares mais baixos, como a Piazza San Marco, ficam alagados.

Devido às frequentes enchentes, ao envelhecimento da população e ao alto custo das moradias, o número de habitantes vem caindo consideravelmente. Atualmente, são 62 mil, metade de 40 anos atrás. Se continuar nesse ritmo, é provável que num futuro próximo, Veneza se transforme em uma cidade exclusiva para turistas. 

Vamos torcer para que os problemas de Veneza fiquem no passado e que ela sobreviva por muitos séculos para que as próximas gerações também possam conhecer os encantos dessa singular cidade. 


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