Pomaire - Chile

Reservamos um dia de nossa viagem a Santiago do Chile para conhecer Pomaire, um pequeno povoado a 50km de Santiago.

Esse é um pequeno vilarejo com ruas estreitas e algumas ainda de barro, lojas simples e casas antigas feitas de madeira e taipa (técnica vernacular de construção com barro), temos a impressão que o tempo parou.

Nosso maior interesse era no artesanato local. Suas principais lojas e restaurantes concentram-se nas Calles Roberto Bravo e San Antonio. Lá os moradores abrem suas portas para venderem o famoso artesanato que atrai turistas à cidade.

São potes, panelas, travessas, taças, pratos e outros objetos feitos de argila (greda) escura que deixam qualquer um de queixo caído!

 

Mas não  é só de cerâmica vive essa cidadezinha. A culinária local também é de arrancar suspiros, literalmente vendidos em todas as esquinas.

Não deixe de aproveitar sua visita para experimentar as empanadas gigantes e as cazuelas, um delicioso ensopado.

Para chegar a Pomaire, pegamos um ônibus no terminal San Borja (metrô Estación Central) em Santiago. Compramos o ticket só de ida no guichê 10. O ticket de volta tivemos que comprar no terminal em Pomaire. Compre assim que chegar lá. Cada trajeto custa CLP 1.400 (cerca de R$ 5,60) e a viagem dura aproximadamente 50 minutos.

Veja também:

Santiago do Chile

Viña del Mar e Valparaíso.

San Andrés - Colômbia

Poderia até ser considerado um destino exótico, já que para nós brasileiros San Andrés não é um destino comum, principalmente por falta de conhecimento de sua existência. No entanto, essa ilha cheia de encantos fica logo ali no Mar do Caribe e vale a pena ser considerada nos sonhos de qualquer viajante.

Aproveitando uma viagem inicialmente programada para Cartagena, incluímos uma visita à San Andrés, como muitos turistas costumam fazer.

Pertencente à Colômbia através de Tratado Esguerra-Bárcenas de 1928, o qual encerrou uma disputa com Nicarágua sobre a soberania de um território marítimo de mais de 50.000 km², San Andrés forma, junto com Providencia e Santa Catalina, um arquipélago considerado Reserva Mundial da Biosfera pela ONU.

É possível perceber porque recebe este título assim que nos deparamos com seu incrível Mar de Sete Cores.

 

Dizem alguns nativos, que quatro cores são fáceis de notar, as três restantes ficam por conta do “Coco Loco”, bebida típica da ilha à base de água e leite de coco e vodka, que também pode ser feita com Grenadine.

As opções de hospedagem em San Andrés são variadas, apesar do tamanho da ilha. Vão desde pousadas mais em conta, passando por aluguel de apartamentos, até resorts no sistema all inclusive. Como em San Andrés o tempo é quente durante todo ano, uma boa dica é conhecer a ilha na baixa temporada, quando os valores das diárias estão bem reduzidos e os resorts oferecem ótimos preços.  No entanto, é bom evitar a época de chuvas que dura os cinco/seis meses finais do ano, aproximadamente.

Por possuir uma das maiores barreiras de corais do mundo, San Andrés consegue ter sua pequena extensão (26 km²) protegida no período que os furacões passam pelo Caribe.

Sua parte central é chamada de North End, onde está localizado o aeroporto, bancos, principais restaurantes e a área comercial da ilha. Nesta parte fica situada a praia Peatonal, que não é uma das mais bonitas, mas é a que possui melhor infraestrutura.

De North End partem os principais passeios de San Andrés, tanto a partir dos píeres para as ilhas menores próximas, quanto os passeios terrestres que dão a volta na ilha.

Uma das formas mais comuns de locomoção são os carrinhos de golfe, que podem ser alugados facilmente e por um preço justo.

A parte da ilha conhecida como La Loma é a mais habitada pelos nativos (anglo-afro-caribenhos). Nesta localidade fica o ponto mais alto da ilha, de onde é possível ter uma visão privilegiada do mar. Ali, encontra-se a Primeira Igreja Batista de San Andrés, fundada em 1847.

Na parte oeste da ilha, estão localizados os principais pontos culturais de San Andrés. O primeiro ponto que merece ser visitado é a Casa Museu, que representa uma casa nativa da ilha criada com o intuito de manter conhecidos os principais costumes dos isleños, com disposição de ambientes, móveis, utensílios domésticos e vestimentas.

Um pouco mais adiante da Casa Museu, fica a Caverna de Morgan. Contam os nativos que neste local o pirata Henry Morgan escondeu um tesouro numa cova. Além disso, o local possui artesanato e apresentações da cultura local.

A entrada da Caverna de Morgan é um pouco mais cara em relação aos demais pontos turísticos.

Seguindo para o sul da ilha, vale uma pausa para curtir e mergulhar com os peixes em West View, um local que possui descida a partir de uma costa de pedras e é excelente para snorkel e mergulho. Trata-se de um local fechado com lanchonete e aluguel de equipamentos para nadar. É preciso pagar uma pequena entrada.

Outra opção é visitar primeiro o Ecoparque West View, que fica logo em frente. Este parque não possui muitos atrativos e é bem pequeno, mas vale pelo show de dança apresentado pelos funcionários. O bilhete de entrada do Ecoparque também dá acesso a West View.

No extremo sul de San Andrés fica o Hoyo Soplador, um buraco na costa rochosa que emite um jato forte de ar, de baixo para cima, quando uma onda entra pela rachadura da rocha. Se quiser conferir, prepare-se para se descabelar e segure a blusa!

Passando para a parte leste da ilha, fica o bairro de San Luis, com vários restaurantes típicos e uma praia ótima e tranquila onde é possível aproveitar e admirar o mar de sete cores.

Com saídas a partir do centro, existem diversos passeios para as pequenas ilhas do entorno de San Andrés. A mais famosa e procurada é a que abriga o Aquário, pequena faixa de terra com os mais variados tipos de peixes que vivem em seu entorno e podem ser observados de snorkel, ou até mesmo de cima d’água.

  

Os guias que fazem o passeio para o Aquário costumam ajudar numa das atividades mais vibrantes para os turistas: segurar uma arraia. Não é preciso ter medo, pois mesmo as grandes são muito calmas e não são de uma espécie venenosa (pelo menos foi o que nos disseram).

Caminhando pela água rasa desde o Aquário, é possível chegar à Haynes Cay, uma ilhota tranquila onde se pode simplesmente curtir uma sombra e pensar em tantas belezas já vistas.

Outro passeio imperdível vai até a ilha de Jhonny Cay, mas tenha em mente que irá se molhar muito durante o percurso de lancha. Além de uma praia magnífica de ondas mais agitadas, Jhonny Cay torna-se um destino à parte pela alegria com que os habitantes recepcionam os turistas.

As casas pintadas em tom jamaicano já indicam o ritmo da ilha, o reggae. Vale a pena também dar uma volta e conferir a fauna terrestre da ilha, isso se a curtição na praia não te arrebatar.

A noite de San Andrés não é muito variada, pois após um dia de tantos passeios lindos, uma balada deixa de ser importante. Mas se ainda assim houver disposição, vale uma entrada na boate Coco Loco para dançar ritmos caribenhos, só não se assuste se tocar algum axé brasileiro anos 90. Além desta, existe a boate Extasis no Hotel Sol Caribe com as mesmas características musicais.

Um programa noturno mais interessante é um dos passeios de barco que toca todos os ritmos e vai costeando a ilha durante duas horas, com bebida e jantar inclusos. O mais conhecido destes passeios chama-se “Noche Blanca”, no qual é recomendado vestir branco para curtir a noite.

Uma informação que consta em grande parte dos sites que falam sobre San Andrés é que a ilha é uma área de livre comércio, com taxas de importação bem menores. Mas considerando o valor pago pelos pesos colombianos, os preços não foram compensadores na época de nossa visita.

É de conhecimento geral que o Caribe possui muitos encantos, mas descobrir este pedacinho de terra com gente muito alegre trouxe uma alegria inesperada aos nossos corações.

Não é à toa que San Andrés deixou saudades.

Veja também Cartagena das Índias.

Viña del Mar e Valparaíso - Chile

Para quem vai a Santiago, Viña Del Mar e Valparaíso são programas quase que obrigatórios. Por isso reservamos um dia para fazer um “bate e volta” para conhecê-las.

Em Santiago há várias agências que oferecem passeios a essas cidades. Optamos pela agência sugerida pelo hotel. Na verdade, não há muita diferença de preços entre elas. O que varia é o tipo de transporte (van, ônibus ou micro-ônibus), as paradas nas cidades e a escolha do restaurante para almoçar.

Agora, se você prefere ir por conta própria, a cada 15 minutos saem ônibus do Terminal Alameda para essas cidades. A passagem de ida e volta custa o equivalente a 15 dólares. A volta pode ser de Valparaíso ou de Viña Del Mar. É bom garantir o bilhete de retorno para evitar surpresas desagradáveis.

Valparaíso é uma cidade a 120 km de Santiago que até 1914 era o principal porto da costa oeste da América Latina.  

Começamos nossa visita pela cidade portuária e seus morros onde vimos casas bem simples misturadas a casas melhores. O que elas tinham em comum era a vista privilegiada do Oceano Pacífico. Em certo ponto do passeio, a guia nos sugeriu que descêssemos parte do morro a pé, assim poderíamos conhecer um pouco melhor as ruas e casas do lugar.

A principal praça da cidade é a Plaza Sotomayor que fica junto ao porto e é cercada e edifícios históricos como o comando da Marinha de Guerra e o Tribunal de Justiça. No centro da praça fica o monumento em homenagem a Arturo Prat, soldado que lutou na guerra contra a Espanha.

Conforme nosso ônibus circulava pela cidade pudemos conhecer um pouco mais de Valparaíso. Incluindo a Av. Argentina, principal entrada da cidade.

Uma das opções para se locomover pelos morros são os bondinhos. Em cada bairro há um ascensor, o que facilita bastante a subida. No total são 15 elevadores elétricos que transportam os passageiros do alto dos cerros até a parte plana. No dia de nossa visita não estavam funcionando, pois os condutores estavam em greve.

Fizemos uma parada para que pudéssemos apreciar a vista e tirar algumas fotos.

A cidade é a sede atual do Congresso Nacional Chileno, que foi transferido de Santiago em 1980 durante a ditadura do general Augusto Pinochet. Além de ainda ser um dos portos mais importantes da America Latina (mas perdeu seu posto depois da abertura do Canal do Panamá).

Em Valparaíso fica uma das três casas do poeta Pablo Neruda (La Sebastiana), inaugurada em 1961, que infelizmente não estava no roteiro de nossa excursão.

  

Aliás, nossa excursão não nos mostrou muito de Valparaíso. Talvez por isso, tenhamos ficado meio decepcionadas com o passeio e com uma má impressão da cidade, que achamos feia e mal conservada.

Viña Del Mar é conhecida como a "cidade jardim" e é, sem dúvida, mais bonita e agradável que Valparaíso.  

  

Assim que chegamos à Viña, fizemos uma parada rápida no famoso relógio de flores.  O relógio foi criado para dar boas-vindas à Copa do Mundo de 1962, disputada na cidade.

 É possível ver charretes circulando por toda a cidade.

Viña Del Mar possui algumas das melhores praias do Chile e, apesar do frio, fizemos uma parada para molhar nossos pés no Oceano Pacífico, uma tradição entre os turistas. 

Dali, fomos almoçar num restaurante na orla da Praya Miramar “sugerido” pela guia. Convenientemente, segundo o garçom, não havia vários pratos do cardápio, somente os mais caros estavam disponíveis. Achamos a comida cara e sem graça. 

Do restaurante podemos ver o Castello Wullf, construído em 1906 por Gustavo Wulff, um comerciante alemão. O local serviu de residência para seu dono até sua morte, quando sua esposa vendeu o local ao município de Viña del Mar.

Atualmente, é utilizado como sala de exibição para mostras de arte. A entrada é gratuita. Essa foi uma das visitas que gostaríamos de ter feito na cidade.

Depois do almoço, fomos até a praça onde fica o Museo Fonck que guarda uma coleção arqueológica, que também não tivemos tempo de conhecer.

Em frente ao museu fica um Moai (estatua da Ilha de Páscoa).  Esse é um dos cinco únicos exemplares que estão fora da ilha. Para nós, que sonhamos um dia visitar a Ilha de Páscoa, foi a melhor parte do passeio.

Infelizmente ou felizmente, nossa viagem a Valparaíso e Viña Del Mar acabou ali. Para sermos bem sinceras, se não fosse pela visita ao Moai, trocaríamos o passeio às duas cidades por mais um dia em Santiago do Chile. Nossa excursão foi um pouco decepcionante. Acreditamos que as cidades tinham muito mais a oferecer e que teríamos aproveitado mais se tivéssemos ido por conta própria e feito nosso próprio roteiro ao invés de ficarmos “presas” à excursão.

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