Aqui, vamos contar como foi a partir de nossa chegada a Águas Calientes, povoado às margens do rio Urubamba, utilizado como base para quem vai à Machu Picchu.
O lugar é bem simples e não descobrimos muita coisa para fazer, além de visitar sua feirinha de artesanato.
Ficamos hospedadas no hotel Flower`s House, que fica bem próximo da estação de trem, da feirinha e de alguns restaurantes.
Assim que chegamos à cidade, compramos o ticket de ônibus que faz a subida a Machu Picchu e compramos também alguns mantimentos para levar no dia seguinte. Não encontramos muita variedade e achamos as coisas um pouco caras, mas não tínhamos opção, já que em Machu Picchu não há lojas, nem mercados.
No dia seguinte, acordamos 4h da manhã para enfrentar a fila do ônibus com a esperança de ver o nascer do sol na Cidade Sagrada. Doce ilusão! Enfrentamos duas horas de fila e vimos o dia amanhecer debaixo de um frio cortante. Talvez tivesse sido mais vantajoso acordar um pouco mais tarde e fazer o trajeto a pé (cerca de 50 minutos).
O primeiro ônibus saiu por volta das 05:30 da manhã e a cada cerca de meia hora partia outro ônibus. O trajeto durou 20 minutos, aproximadamente.
Chegamos a Machu Picchu por volta de 7:30h e já estava bem movimentado por lá. Logo na entrada, contratamos uma guia que nos cobrou 20 Nuevos Soles (por pessoa). Achamos que valeu à pena, pois além de nos contar a história da cidade e sobre sua cultura, ainda nos indicava os melhores pontos para fotografias.
Essa foi nossa primeira visão da cidade.
Aconselhamos que cheguem cedo à cidade sagrada, pois há menor movimento de turistas.
Machu Picchu foi construída por volta do século XV pelo líder inca Pachacuti e foi um dos dois mais importantes centros urbanos da antiga civilização inca.
A Cidade Sagrada foi construída para funcionar como uma universidade de astronomia e técnicas agrícolas. Ali, não viviam crianças.
O pico Huayna Picchu (montanha jovem) era um ponto estratégico para observações dos astros, além de servir como referência para as definições organizacionais e arquitetônicas da cidade.
A escalada a Huayna Picchu exige preparo físico, pois a subida é bem íngreme e leva cerca de 40 minutos para chegar ao topo. Pretendíamos subi-la, mas não foi possível devido à chuva intensa que caiu no horário agendado para nossa subida.
Os incas utilizavam os terraços (degraus formados nas costas das montanhas) para plantar seus alimentos como feijão, milho e batata.
A arquitetura e a eficiente estrutura urbana desta sociedade eram surpreendentes!
Enormes blocos de pedras e adobe eram utilizados para a construção de templos, casas, escadas e palácios.
As construções mais importantes como os templos e as residências dos nobres eram construídas com pedras mais simétricas e a junções dessas pedras eram muito bem feitas.
Já as outras construções e as casas dos demais habitantes eram visivelmente diferentes.
Foram construídos canais de irrigação para desviar a água que nascia nas montanhas e abastecer toda cidade. Técnica que funciona até hoje.
Os incas cultuavam o deus Sol, mas também consideravam sagrados animais como o condor e o jaguar. Na foto abaixo, um condor esculpido em pedra e utilizado como local de oferendas.
O Templo do Sol é o principal de Machu Picchu. O lugar tem duas janelas posicionadas para receber os primeiros raios solares do verão e do inverno. Lá, sacerdotes sacrificavam lhamas e porquinhos-da-índia para prever o futuro.
Levamos cerca de duas horas caminhando com a guia pelo local, que guarda muitas ruínas e belas paisagens.
Esse espaço, por exemplo, era utilizado para a realização de eventos.
As lhamas foram domesticadas pelos Incas que utilizavam sua lã, como meio de transporte de carga, além de consumir sua carne e leite. Além da lhama, alpacas e vicunhas também eram criadas ali e ainda hoje habitam as ruinas e as montanhas.
Acredita-se que durante a colonização espanhola, os moradores fugiram para a floresta para escapar da fúria dos espanhóis, que de fato nunca chegaram a Machu Picchu. Os habitantes também nunca retornaram e, por este motivo, Machu Picchu é uma cidade inacabada.
A cidade permaneceu perdida por séculos e só foi descoberta em 1911, pela expedição do arqueólogo americano Hiram Bingha.
Hoje, a Cidade Sagrada dos Incas é considerada uma das 7 maravilhas do mundo, além de Patrimônio Cultural pela UNESCO.
DICAS:
- Chove quase que diariamente na região, então, não deixe de levar uma capa de chuva;
- Utilize roupas e sapatos adequados, pois o terreno é formado por terra e pedras e algumas partes são de difícil acesso;
- Leve água e algo para comer por lá, pois não há lojas ou lanchonetes;
- Use protetor solar mesmo em dias nublados;
- Não esqueça de carimbar seu passaporte assim que passar pela roleta;
- Não deixe de contratar um guia local.
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