Santiago - Chile

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Santiago é a capital do Chile e também sua maior cidade. A capital chilena oferece ótimas opções de passeios, compras e gastronomia. Quem visitar Santiago do Chile conhecerá uma bela cidade com ares europeus, limpa e que sabe receber muito bem o turista. 



Ainda no avião, quase chegando a Santiago, pudemos ter uma bela vista da Cordilheira dos Andes, que fica bem ao lado da cidade. Se puder optar, escolha a poltrona da janela, pois a Cordilheira é tão linda que fará até você esquecer da turbulência que costuma ter nos vôos para Santiago do Chile. 




Há muitas maneiras de se conhecer a cidade. O metrô é a maneira mais eficiente, pois além de evitar o trânsito, dá acesso aos principais pontos turísticos da cidade. Não indicamos o ônibus, pois não é um meio de transporte prático para o turista.  O táxi é uma boa opção, pois são mais rápidos e não são muito caros. Mas lembre-se sempre de perguntar antes quanto ficará o percurso, pois nem todos os motoristas utilizam o taxímetro e assim você evita surpresas desagradáveis. Caminhar é sempre uma boa forma de conhecer a cidade. Então, se o local que você vai visitar não for muito distante, vá a pé e aproveite para conhecer melhor as redondezas. 

Começamos nossa visita pelo marco zero de Santiago, a Plaza das Armas. A praça ganhou esse nome ameaçador com a intenção de inibir o ataque de índios, que já tinham atacado a cidade seis meses após sua fundação, em fevereiro de 1541.  



A praça é bem bonita e movimentada. Turistas se misturam com artistas e senhores jogando xadrez, numa praça com palmeiras centenárias, chafariz e muitas flores. 




Ao redor da Plaza das Armas ficam o prédio do Correio Central, de 1882, o Museu Histórico Nacional, de 1808 e alguns casarões coloniais.





Também na praça fica a Catedral Metropolitana, de 1789 que chama atenção pela beleza de sua fachada. As duas torres foram adicionadas em 1800. 



Ao entrar na igreja, não deixe de notar as portas de madeira de cedro entalhadas, as pilastras e os detalhes do altar repleto de adornos. O interior também guarda diversos lustres, detalhes dourados e duas naves laterais. 



Perto dali, fica o Paseo Ahumada, principal rua de comércio do centro de Santiago. Nela estão lojas como a Ripley e a Falabella, as melhores da cidade. Uma curiosidade são os Cafés com Pernas, cafeterias onde as atendentes usam mini saias para trabalhar. A maioria dos clientes, obviamente, são homens.


Andando um pouco mais, chegamos ao Palacio de La Moneda, um dos principais símbolos da capital chilena e parada obrigatória para quem visita o Centro Histórico. Erguido em 1805, o palácio tem estilo neoclássico e já abrigou a Real Casa de Moneda. Atualmente, é a sede da presidência do país e é uma das poucas no mundo abertas para visita. 



O palácio tem belos pátios internos, com canhões e fontes. Além disso, os jardins ao redor do palácio costumam ser muito bonitos, mas, infelizmente não pudemos vê-los, pois assim como várias outras partes da cidade, o local estava em obra. A visita ao Palácio deve ser agendada através do email visitas@presidencia.cl. Vale à pena reservar um tempo para ver a troca de guarda. Vejam os horários das apresentações aqui.  



Conseguimos apenas fazer uma visita ao Centro Cultural La Moneda, que fica no subterrâneo e tem três níveis com exposições permanentes e temporárias, cinemateca e loja de artesanato chileno.


 

Dali, pegamos um táxi até o Mercado Central, local com barracas de peixes, frutas, souvenires e restaurantes. Aproveitamos para comprar algumas lembrancinhas e almoçar em um dos restaurantes. 




O mercado era menor do que imaginamos, mas sem dúvida há grande oferta de peixes e frutos do mar. Uma curiosidade são os Centollas, gigantescos caranguejos originários das águas do Pacífico.



Depois do almoço fomos conhecer o Museo de Bellas Artes  um dos edifícios mais bonitos de Santiago. 



O museu tem mais de 5.000 pinturas e esculturas de artistas europeus e chilenos.  








O interior do prédio reserva algumas belas surpresas.






Outro museu que parece bem interessante, mas que infelizmente não tivemos a oportunidade de conhecer, pois estava em obra, é o museu Museu Chileno de Arte Pré-Colombiana  que reúne mais de 3.000 peças arqueológicas de um período que compreende cerca de 10 mil anos. A reabertura deste museu está prevista para meados de 2014.

No final do dia, fomos conhecer o Pátio Bellavista, um conglomerado de restaurantes, bares, joalherias, lojas entre outros. O lugar fica no bairro de Bella Vista, o bairro boêmio da cidade. O pátio é um ótimo lugar, tanto de dia quanto à noite. Lá, você pode jantar, tomar uns drinks e relaxar. 



Praticamente em frente ao Pátio Bella Vista tem uma feirinha de artesanato onde conseguimos comprar algumas lembrancinhas por ótimos preços.

Iniciamos nosso segundo dia visitando o Cerro San Cristobal que fica na parte central de Santiago. Como esse é um dos pontos mais altos da cidade, com 880 metros, é possível ter uma vista fantástica da cidade com a Cordilheira dos Andes ao fundo. 




Optamos por subir de táxi e como ainda era cedo, o local estava vazio o que nos deu a oportunidade de contemplar a paisagem sem pressa e tirar fotos sem a interferência de outros visitantes.



Lá, ficam a estátua da Virgen de la Inmaculada Concepción e o Santuário de la Inmaculada Concepción. A estátua da Virgem tem 14 metros de altura e fica sobre um pedestal de 8,5 metros. 



Há diversas outras estátuas representando cenas religiosas, além da estátua do Papa João Paulo II, que visitou o local em 1987 quando celebrou uma missa na sua única visita ao Chile. 



Outra forma de subir ao Cerro é de funicular, um tipo de bondinho. A estação fica na Rua Pio Nono, no Bairro de Bellavista. O funicular possui duas paradas. A primeira é no Zoológico Nacional e a segunda no topo do morro.



Optamos por apenas descer de funicular. Acho que foi uma boa decisão, já que quando chegamos à estação, havia uma fila gigante para pegar o bondinho que subiria o cerro.

Bem próximo dali, fica La Chascona, uma das três casas de Pablo Neruda, famoso poeta chileno. La Chascona significa “a descabelada” que era como o poeta chamava sua amante, Matilde.



A casa, de 1950, que tem o formato que imita um barco, era onde o casal costumava se encontrar. 



La Chascona tem dois pequenos pátios externos onde encontram-se alguns trabalhos do poeta e de alguns amigos. 





Os cômodos guardam diversos objetos pessoais de Neruda, além de objetos decorativos trazidos de suas viagens pelo mundo. 





A Casa Museu La Chascona oferece um áudio-guia. O sistema está disponível em Português, Inglês, Francês, Alemão e Espanhol.

Dali, pegamos um metrô (linha 1) até estação Manquehue para conhecer o Parque das Esculturas, num bairro tipicamente comercial chamado Providência. Da estação, tivemos que caminhar algumas quadras para chegar ao parque.  

O Parque das Esculturas, que fica às margens do rio Mapocho, foi projetado pelo arquiteto Germán Bannen entre 1986 e 1988. O local tem 30 esculturas de artistas consagrados. 








As obras são de várias formas, tamanhos e materiais diferentes e estão espalhadas num espaço plano e verde de cerca de 20 mil metros quadrados. O lugar é super agradável!! A entrada e gratuita.





Bem próximo dali fica o Shopping Costanera.  O edifício central, La Gran Torre Costanera, tem 300m de altura, a maior da América Latina, e já se tornou um marco arquitetônico da cidade, podendo ser visto não só do parque, mas também de quase toda Santiago. Demos uma passadinha por lá para tomar um sorvete e aproveitamos para comprar algumas garrafas de vinho por ótimos preços numa loja especializada, no primeiro piso.



No dia seguinte fomos visitar a vinícola Concha Y Toro criada em 1973 e que fica no Viña Pirque Velho, região próxima a Santiago. 


 


Lá, fica a residência de verão da família de Don Melchor Concha Y Toro, fundador da vinícula. Mas atualmente, a casa é utilizada como sede administrativa da vinícula.



O lugar oferece três tipos de tours guiados. Todos contam com visita aos jardins do casarão e aos vinhedos, de onde temos uma bela vista do Valle de Maipo, principal região vinícula do país. 





A diferença é que o primeiro inclui degustação de dois vinhos; o segundo inclui degustação, harmonizada por um sommelier, de quatro vinhos mais mesa de queijos; e o último com degustação de 3 colheitas do vinho premiado Dom Melchor - Reserva Privada, harmomização com queijos, frutos secos, pães, geléias e carnes.  Vale lembra que é necessário fazer reserva através do site.  



Durante o tour, contam a lenda que Don Melchor guardava seus melhores vinhos numa adega subterrânea, mas depois que dois ladrões invadiram o local para roubá-los, o dono da vinícola espalhou a história de que o diabo se escondia ali dentro. Com medo, os ladrões nunca mais entraram na adega pra roubar.






Em nosso quarto dia na capital Chilena fomos conhecer o belo Cerro Santa Lucia, que foi declarado monumento histórico nacional, em 1983. Para chegar ao topo levamos cerca de 30 minutos. A subida é um pouco cansativa, mas sem dúvida valeu a pena!



Há dois caminhos. Subimos pelo da Rua Merced e logo nos deparamos com o Castelo Hidalgo, que no passado foi um forte espanhol e atualmente é utilizado para eventos.  







Ao longo da subida, encontramos vários monumentos, canhões, estátuas, pequenas praças e até uma capela. 




No terraço Caupolican, nos deparamos com duas esculturas de madeira, que encontramos também no Centro Cultural La Moneda, em tamanho menor, mas que infelizmente não descobrimos a origem ou significado. 




A escultura de um índio sobre uma enorme rocha representa Coupalicán, o maior guerreiro da tribo Mapuches. 



Uma bela vista e outras surpresas agradáveis nos esperavam durante a subida.




Quando finalmente chegamos à Torre Mirador, tivemos uma vista panorâmica da cidade com a Cordilheira dos Andes ao fundo. 






Ao descer pelo outro lado do morro, nos surpreendemos ao chegar no Terraço Neptuno, onde encontramos uma enorme fonte e um belo jardim. Parecia que estávamos na Europa!! 







Não deixe de notar a riqueza de detalhes do lugar.




Na entrada principal, há um pequeno lago artificial. Fechamos nossa visita ao Cerro Santa Lucia com chave de ouro.



Na parte da tarde, pegamos o metrô e descemos na Estação Los Dominicos para conhecer o Centro Artesanal Los Domenicos, que fica em Las Condes. 



O lugar tem um estilo meio rural, com chão de terra batida que nos lembrou uma fazendinha.





Ali, encontramos várias lojinhas que vendiam itens de lã, couro, madeira, prata, quadros etc. Também havia uma pequena lanchonete onde tomos deliciosos sucos de frutas típicas.







Próximo a entrada, fica a bela Parroquia San Vicente Ferrer.



Não seria justo falar de Santiago e não ressaltar a qualidade de seus vinhos e sua rica gastronomiaAproveite sua ida ao Chile para experimentar um dos pratos típicos à base de peixes e mariscos. Caso não seja muito fã de frutos do mar, há também outros deliciosos pratos. 

Tivemos a oportunidade de conhecer dois dos restaurantes mais famosos da cidade: o Aqui Esta Coco, especializado em pratos do Pacífico. Além do cardápio, a arquitetura e decoração do lugar também deixarão você de boca aberta. 



E o Astrid y Gastón (http://www.astridygaston.cl/) , restaurante de culinária peruana que possui várias filiais internacionais e que atualmente foi eleito o melhor restaurante da América Latina.



Santiago nos surpreendeu. A cidade é encantadora, tem diversas opções de entretenimento e uma ótima gastronomia. Ou seja, adoramos nossa viagem!! 

Reservamos também um dia para visitar Viña del Mar e Valparaíso e outro para conhecer o pequeno povoado de Pomaire. Falaremos desses lugares em nossas próximas postagens.